O ano começou mal na Ucrânia, onde em breve será aprovada uma lei que permitirá às regiões da Ucrânia armar milícias “nacionalistas”, apesar de o país ter um exército nacional! Um exército, é verdade, equipado pela NATO, largamente financiado pela União Europeia e treinado pelos Estados Unidos, que colocou assim os seus soldados em solo ucraniano. Esta notícia é ainda mais preocupante quando consideramos as atividades dessas milícias abertamente nostálgicas do Terceiro Reich e seus colaboradores ucranianos, terríveis e sinistros executores da Shoah (holocausto) e das repressões sangrentas.
Stepan Bandera era o líder da OUN (Organização dos Nacionalistas Ucranianos) , uma organização de extrema direita e seu braço armado (UPA – Exército Insurgente da Ucrânia) que colaborou ativamente com os nazistas e lutou contra o Armia Krajowa (Exército Nacional, o mais importante setor da resistência polonesa ao nazismo) da Polônia, os guerrilheiros que resistiam na Iugoslávia com Tito e o Exército Vermelho na Ucrânia, Bielo-Rússia e Polônia. A UPA é responsável pela morte de dezenas de milhares de pessoas, principalmente mulheres e crianças da Polônia, Galícia e Volyn em uma terrível campanha de limpeza étnica. E ela também participou do genocídio dos judeus. Protegido pelo Ocidente, Bandera refugiou-se em Munique, onde foi assassinado em 1959. Rússia, Polônia, Israel e muitos outros países consideram Bandera um criminoso de guerra.
Enquanto os países da União Europeia se recusam a votar a resolução da ONU condenando o nazismo, na Ucrânia – como nos países bálticos – a União Europeia continua a apoiar a reabilitação dos nazistas e … a criminalizar, através de um virulento anticomunismo, os libertadores da Europa do fascismo, como o Exército Vermelho. Não é só em Kiev que os neonazistas desfilam nas ruas acobertado pelo silêncio cúmplice da União Europeia que salpica milhões de subsídios ao regime que foi instaurado através do golpe de Estado da Euromaidan. Este é também o caso dos Estados Bálticos. Na Polônia, são os memoriais de guerra do Exército Vermelho que estão sendo demolidos! E se os países da UE se recusam a votar a favor da resolução da ONU condenando o nazismo, o Parlamento Europeu em 2019 adotou uma resolução criminalizando … o comunismo, sendo que foram as foças comunistas que libertaram a Europa do nazismo.
